Hoje pela manhã eu vi uma menina, por um
segundo eu fiquei feliz e triste ao mesmo tempo. Ela era linda, tinha um olhar
de criança, meigo, mas sua expressão era de uma mulher adulta e decidida.
Ela estava sozinha, provavelmente não têm
muitos amigos, ou até tenha, mas talvez eles sejam daqueles que só a procuram
quando precisam de algo.
Eu estava encantada com a beleza daquela
menina, eu a elogiei. E para o meu espanto, ela começou a chorar. Soluçava como
uma criança de tanto chorar, parecia querer colo. Agora o olhar de criança
tinha ficado sereno e ela olhava em minha direção. E a expressão de mulher
adulta borrou junto com sua maquiagem que ficou em contato com suas lágrimas, e
ela se tornou uma criança órfã. Mas não de pais, mas de sentimentos.
Ela havia me contado que gostaria de amar e
também de ser amada. Ela queria ser admirada, aplaudida e homenageada por
todos. Ela queria ser feliz, nem que fosse por um único dia. Ela queria ter
orgulho de si mesma e também queria que seus pais, familiares e amigos sentissem
orgulho dela.
Fiquei comovida, caí em prantos. Aquela
menina era mesmo perfeita, mas eu tinha que ir. Fui me despedir dela, gostaria
de lhe dar um abraço.
Eu me aproximei dela, tentei tocá-la, mas era
impossível, algo nos separava... Era um espelho!
Nenhum comentário:
Postar um comentário